Jiu-Jitsu para a Humanidade

O Jiu-Jitsu é um mecanismo para ajudar as pessoas
e que trabalha pela humanidade.” 
Mestre Carlos Gracie Jr.

No blog deste mês, vamos debater sobre um tema que tem recebido certa atenção: eventuais diferenças entre o Jiu-Jitsu brasileiro (BJJ) e o norte-americano. Algumas pessoas argumentam se estamos falando de modalidades diferentes, iguais ou apenas resultado da evolução do Jiu-Jitsu esportivo. Em casos extremos, esse debate poderia colocar os contribuintes do nosso esporte uns contra os outros de forma contraproducente. A verdade é que o Jiu-Jitsu pertence à humanidade. O Jiu-Jitsu é por todos e para todos.

Para alcançar seu formato atual, o Jiu-Jitsu contou com contribuições e atributos de muita gente. Olhando para o início da modalidade, vemos que suas origens estão no Japão.
Foi Mitsuyo Maeda quem levou a arte suave ao Brasil. Depois disso, os Grandes Mestres Carlos Gracie e Hélio Gracie acrescentaram diferentes conceitos e técnicas, como a ideia da alavancagem, que permitiram aos praticantes superar oponentes muito maiores em tamanho. Quando o Grande Mestre Carlos abriu sua primeira escola e começou a ensinar o Jiu-Jitsu que aprendeu somado às técnicas que ele mesmo desenvolveu, a arte seguiu seu caminho de evolução.

O Jiu-Jitsu Pertence à Humanidade, não Apenas a um País

Você já teve a curiosidade de saber porque a arte suave ganhou este nome de “Brazilian Jiu-Jitsu”? É uma história interessante. Naturalmente, no Brasil, era comum dizermos apenas “Jiu-Jitsu”. Mas quando a modalidade começou a se popularizar nos Estados Unidos, diferentes membros da família queriam abrir suas escolas. Para evitar conflitos na nomenclatura, eles passaram a utilizar o termo BJJ. Isso também ajudou a distinguir o Jiu-Jitsu brasileiro daquele que já vinha sendo ensinado nas escolas tradicionais de Jiu-Jitsu japonês da época.

Hoje, o Jiu-Jitsu é praticado no mundo inteiro, como uma arte destinada para todos e desenvolvida por todos. As influências de tantos praticantes de diferentes origens levaram o Jiu-Jitsu a uma evolução mais poderosa do que nunca. Por isso, dizemos que o Jiu-Jitsu pertence à humanidade e não apenas a um país ou outro.

Ainda assim, algumas pessoas poderiam argumentar que existe um “Jiu-Jitsu Americano”, considerando certas diferenças no que é ensinado ou praticado por atletas nos EUA.
Essas evoluções são contribuições incríveis para o esporte e o ajudaram a se tornar ainda mais poderoso. No futuro, é de se esperar que mais contribuições e de diferentes pessoas sigam aparecendo. Ainda assim, o desenvolvimento do esporte ao longo do tempo não deve levá-lo a uma divisão por diferentes nomes. O Jiu-Jitsu seguirá sendo Jiu-Jitsu em todas as suas formas, não importando onde ou por quem é praticado.

Com a internet, todos estamos mais próximos e conectados, podendo estudar diferentes técnicas desenvolvidas e executadas em qualquer canto do mundo. Graças a esse compartilhamento de informações, o Jiu-Jitsu ficou ainda mais robusto e com mais pessoas iniciando suas jornadas a cada dia!

Isso tudo deve ser celebrado, e não convertido em uma disputa sobre quem deveria levar os créditos pela evolução da modalidade.

Somos Parte de uma Comunidade Global

No fim das contas, todos somos apaixonados pelo Jiu-jitsu e sabemos da sua importância para nossas vidas. Ser parte dessa comunidade global nos abre inúmeras portas para o autoaperfeiçoamento e melhor qualidade de vida. Isso se dá graças às contribuições de japoneses, brasileiros, americanos e pessoas de todas as outras nacionalidades que participam, desenvolvem coisas novas e compartilham seus conhecimentos com o mundo.  

Assim, o Jiu-Jitsu é um presente para a humanidade do qual todos fazemos parte. Não é algo que deve ser reivindicado por um grupo ou outro.

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Blog escrito originalmente em inglês por Dawn Korsen, faixa-marrom da Gracie Barra

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