2000 AC – As origens do Jiu-Jitsu

2000 ACÉ muito difícil precisar quando ou onde exatamente o Jiu-Jitsu se originou. Apesar dos esforços de muitos historiadores e de evidências que apontam para os monges budistas da Índia, elementos básicos de luta corpo a corpo podem ser encontrados em lugares como a Grécia, Índia, China, Roma e até na América nativa.

Ao tentar entender a origem definitiva do Jiu-Jitsu Brasileiro, deve-se evitar a simplificação de se atribuir sua criação a uma pessoa, a um grupo ou a uma época. O Jiu-Jitsu, como o compreendemos hoje, é uma maneira natural e intuitiva de combate que teve manifestações rudimentares em várias culturas e em diferentes momentos históricos.

Mas uma arte marcial não é composta apenas de técnicas ou estratégias de combate. A filosofia que define o propósito da prática e o código moral dos praticantes formam um elemento poderoso que não apenas determina a direção do desenvolvimento técnico mas a sobrevivência ou não da arte propriamente dita.

356 AC – O Jiu-Jitsu na Índia

356 ACA partir desse ponto de vista, faz todo sentido associar os monges budistas da Índia de cerca de 2.000 anos antes de Cristo com as origens do Jiu-Jitsu.

O sistema de valores budista de profundo respeito a todas as formas de vida permitiu o desenvolvimento de um sistema de defesa pessoal que visasse neutralizar uma agressão sem necessariamente machucar o agressor. Envolvido por importantes princípios budistas como o de agir de um modo não-prejudicial ou da busca do domínio próprio e do esclarecimento, o Jiu-Jitsu atendeu muito bem as necessidades de defesa pessoal dos monges e se espalhou por toda a Ásia em direção a China e mais tarde ao Japão, seguindo a expansão do budismo no continente.

1700 – O Jiu-Jitsu no Japão – A Era de Ouro e o Declínio da Arte Suave

Embora seja seguro presumir que versões rudimentares do Jiu-Jitsu tenham surgido em muitas culturas e em diferentes momentos, foi no Japão feudal do segundo milênio d. C. que a arte encontrou um terreno fértil que permitiu que ela se desenvolvesse e se estabelecesse como um estilo de combate muito difundido.

Num país dividido pelo sistema feudal, com cada feudo tendo seu próprio grupo de guerreiros –os samurais – o Jiu-Jitsu se tornou uma habilidade de luta necessária para a sobrevivência de combate. Mas o termo Jiu-Jitsu (jujutsu) não foi criado até o século 17 d. C., tornando-se, após esse período, um termo comum para uma grande variedade de treinamentos relacionados a luta corpo a corpo.

O Jiu-Jitsu se desenvolveu entre os samurais como uma maneira de derrotar, sem o uso de armas, um adversário armado e protegido com armadura. Por se mostrar ineficiente o ataque a um oponente com armadura, os praticantes aprenderam que os métodos mais eficazesde neutralizar um inimigo assumiam a forma de imobilizações, chaves em articulações e quedas.
Estas técnicas foram desenvolvidas em torno do princípio do usoda energia de um agressor contra ele próprio,ao invés de se opor a ela diretamente.

Entretanto, com a Restauração Meiji, um movimento político que pôs fim ao sistema feudal japonês e deu início a industrialização do país, a prestigiosa classe dos samurais perdeu sua importância original.

As radicais transformações políticas, culturais e sociais que aconteceram no Japão no século 19, fizeram o Jiu-Jitsu passar de uma arte de combate respeitável para prática ilegal, enquanto o governo se esforçava para repreender os combates sangrentos que estavam acontecendo entre os antigos e desempregados samurais e seus discípulos.

1882 – Kano Jiu-Jitsu

1882Jigoro Kano (1860-1938) ,membro do Ministério de Cultura e Artes Marciais do Japão, teve um papel importante no resgate da reputação do Jiu-Jitsu em momentos de paz.

Kano achavaque o Jiu-Jitsu podia servir, não apenas como instrumento de luta, mas também como uma maneira eficaz de educar o indivíduo epermitir que homens e mulheres adotassem um estilo de vida mais equilibrado com o desenvolvimentodo potencial de cada um. Em outras palavras, Kano percebeu que o Jiu-Jitsu poderia ser usado como uma poderosa ferramenta educacional capaz de favorecer o desenvolvimento de qualquer ser humano e o via como um apoio às metas japonesas de desenvolvimento social e econômico.

Complementando sua atualizada filosofia de treinamento, Kano se esforçou em adotar novos métodos de ensino e retirar técnicas perigosas. Estas mudanças permitiram aos praticantes treinos seguros mas muito intensos,nos quais cada um podia dar tudo de si – o que hoje conhecemos como luta ou treino livre.

Esta nova abordagem filosófica e metodológica da prática do Jiu-Jitsu – que ficou conhecida na época como Kano Jiu-Jitsu e mais tarde como Judô – causou um impacto muito positivo na sociedade japonesa e ajudou o Jiu-Jitsu a recuperar sua posição social que vinha decaindo desde a Restauração Meiji.

Complementando a profunda filosofia e os inovadores métodos de treinamento de Kano, muitas regras foram introduzidas a fim de redefinir o foco da prática e a luta de chão – a parte principal do Jiu-Jitsu Brasileiro – foi menosprezada restringindo-se a poucos movimentos.

Isso criou um paradoxo interessante: embora as mudanças feitas por Kano tivessem contribuído tremendamente para a sobrevivência da tradição de uma arte marcial milenar, o foco nas quedas criou um estilo de luta fragmentado que perdeu a ligação com a essência do Jiu-Jitsu e com a realidade do combate de verdade. Paralelamente a reconquista da reputação do Jiu-Jitsu na sociedade japonesa, ocorreu um declínio da luta de chão, que reunia as habilidades mais eficazes que o Jiu-Jitsu tinha a oferecer.

Entre os excepcionais alunos de Kano estava Mitsuyu Maeda, um lutador que se beneficiou com as inovações de Kano mas que tinha suas origens em outras escolas de Jiu-Jitsu que davam ênfase às habilidades de luta de chão e de defesa pessoal em situações reais de combate.

Maeda, que mais tarde ficou conhecido como Conde Koma, tinha habilidades acima da média e foi mandado ao exterior para ajudar a difundir o Jiu-Jitsu em diferentes culturas. Após viajar para muitos lugares incluindo os Estados Unidos, a América Central e Europa, Maeda desembarcou no Brasil em 1.914. Aqui ele iria conhecer um jovem rapaz chamado Carlos Gracie e plantar a semente que manteria viva a essência do Jiu-Jitsu.

1914 – O Jiu-Jitsu chega ao Brasil

Maeda e Carlos Gracie passam a se conhecer – Conde Koma

1914Um campeão por si só e aluno de Jigoro Kano, Maeda começou suas viagens ao exterior com um grupo que participava de desafios em todo o mundo. Em 1.914, ele chegou ao estado do Pará, na região norte do Brasil, para ajudar a estabelecer a colônia japonesa na região.

Ao fixar residência em Belém do Pará, era natural que Maeda fizesse uso de suas notáveis habilidades de luta em demonstrações, apresentações e até em circos como forma de ganhar a vida e de disseminar a cultura japonesa.

A primeira vez que Carlos Gracie viu o Conde Koma foi em uma dessas demonstrações. Ele ficou espantado com a capacidade de Koma em derrotar adversários muito maiores e mais fortes que ele.

Carlos Gracie era um jovem rebelde e seus pais, Gastão e Cesalina, estavam perdendo o controle sobre ele. Ativo e irrequieto, ele estava dando muito trabalho. Ao saber que Maeda tinha começado a ensinar Jiu-Jitsu, Gastão decidiu levá-lo para aprender como forma de acalmar e disciplinar seu filho.

1916 – Carlos Gracie

1916Carlos foi apresentado ao Jiu-Jitsu aos 14 anos de idade por Mitsuyu Maeda e se tornou um ávido aluno por alguns anos. Os treinamentos sob a orientação de Maeda tiveram um impacto profundo em sua mente. Ele jamais havia sentido o nível de autocontrole e autoconfiança proporcionado pela prática do Jiu-Jitsu.

A afinidade que podia sentir com o próprio corpo a cada treino fez com que Carlos passasse a ter uma compreensão maior de sua natureza, de suas limitações e de suas forças, e lhe trouxe um sentimento de paz que ele nunca tinha sentido antes.
Os momentos com Maeda não duraram muito tempo. Passados menos de 5 anos do dia em que começou a treinar, Carlos teve que se mudar para o Rio de Janeiro junto com seus pais e irmãos. Chegando na então capital do Brasil com 20 anos, Carlos Gracie encontrou dificuldade em se adaptar à nova vida e trabalhar num emprego normal.

Apesar de trabalhar em instituições do governo, o espírito rebelde de Carlos não o deixava em paz. O desejo de ensinar a arte que tinha aprendido com Maeda já estava vivo e ele decidiu ir em busca disso. A profissão de professor de artes marciais no começo do século 20 no Brasil não era exatamente a mais promissora. O conhecimento que as pessoas tinham a respeito disso era praticamente inexistente, o que tornava muito difícil encontrar alunos dispostos a pagar para aprender.

As únicas pessoas que davam valor no que Carlos Gracie tinha para ensinar eram os integrantes da Polícia e uma oportunidade para dar aulas finalmente apareceu para ele no estado de Minas Gerais.

A paixão pelo Jiu-Jitsu e a dedicação de Koma em torná-lo um campeão fizeram o Carlos dar um novo sentido para sua vida. A partir de então, Carlos começou a utilizar e ver o Jiu-Jitsu como instrumento para ajudá-lo a encontrar seu rumo. Mais que isso, com o tempo ele optou pelo Jiu-Jitsu como um ideal pelo qual valia a pena lutar e o adotou com força e determinação. Carlos Gracie teve boas oportunidades profissionais. Após alguns anos em Minas, Carlos decidiu se mudar para São Paulo e então voltou para o Rio. Devido ao seu espírito independente e sua convicção nas grandes coisas que o Jiu-Jitsu podia fazer para as pessoas comuns, tornou-se difícil para ele restringir seus ensinamentos à Polícia.

1925 – A Primeira Escola Gracie é Fundada – O Clã dos Gracie

1925A primeira Escola Gracie foi fundada em 1.925 na Rua Marquês de Abrantes, n° 106 no Rio de Janeiro. Com 23 anos de idade, Carlos Gracie conhecia bem os extraordinários benefícios que o Jiu-Jitsu poderia proporcionar à vida de uma pessoa e a fundação de uma escola representava um marco muito importante em seu projeto de fazer do Jiu-Jitsu um esporte nacional.

A escola da Marquês de Abrantes não era exatamente o que se espera de uma organização pioneira e tão poderosa quanto a do Jiu-Jitsu Gracie. Com poucos recursos e preocupado com o bem estar de seus irmãos mais novos, tudo que o Carlos podia oferecer era uma pequena casa cuja sala de estar ele transformou numa área de treinamento.

Nessa casa, Carlos juntou seus irmãos e os envolveu em seu projeto de vida. Ele sabia que seria impossível realizar um trabalho tão grande como esse sozinho e começou a ensinar os mais novos – Oswaldo(1.904), Gastão(1.906), George(1.911) e Hélio(1.913).

A primeira geração de irmãos Gracie que morou e trabalhou nessa mesma casa parece ter criado o espírito da família que foi transmitido por gerações e que foi tão importante para o extraordinário sucesso que a Família Gracie alcançou ao longo dos anos.

George Gracie

Dizem que George era o mais talentoso dos cinco irmãos. Nascido em 1.911, o Gato Ruivo, como era conhecido, recebeu atenção especial de Carlos por suas excepcionais habilidades. Talvez isso explique o porquê dele ter sido o que mais participou de disputas de MMA e de Jiu-Jitsu entre os irmãos.

Além de grande lutador, George foi professor e mentor e contribuiu muito para a disseminação do Jiu-Jitsu em diferentes regiões do Brasil. A maioria de seus alunos se referia a ele como um legítimo guerreiro, atribuindo-lhe o mérito por grande parte do que a Família Gracie foi capaz de realizar no país.

Gastão Gracie Jr.

Quando a Escola Gracie foi aberta, Gastão Gracie estava com apenas 19 anos de idade e já tinha um conhecimento básico de Jiu-Jitsu. Já que não gostava de lutar, ele ficou responsável pelas aulas e pela parte administrativa e continuou seus estudos até se formar.

Oswaldo Gracie

Com vinte e poucos anos, Oswaldo também era um lutador muito talentoso. Como tal, ele ajudou a consagrar o nome Gracie e sua contribuição como instrutor na escola de Carlos também foi muito importante.

Em 1.934, Oswaldo se mudou para Belo Horizonte e abriu uma Escola Gracie seguindo a mesma estrutura de programa criada por Carlos na Escola da Marquês de Abrantes. Anos mais tarde, ele se tornou instrutor da Polícia local, posição que manteve até o fim da vida. Apesar de morar em outro estado, ele nunca perdeu o contato com seus irmãos. Oswaldo lutou muitas vezes e ficou famoso por seu combate com João Baldi, um lutador de Greco-Romana duas vezes maior que ele. Oswaldo finalizou a luta com um estrangulamento em menos de um minuto.

1932 – Hélio Gracie

1932Hélio Gracie era criança quando a escola da Marquês de Abrantes abriu suas portas em 1.925. Aos 12 anos de idade, ele era novo demais para ajudar com as aulas ou na administração da escola.

Carlos estava muito ocupado com as aulas e com a gestão do negócio e, por essa razão, as primeiras aulas de BJJ de Hélio foram delegadas aos seus irmãos Gastão e Oswaldo. Foi só mais tarde que Carlos começou a notar o talento de Hélio e passou, então, a dedicar mais tempo para ensiná-lo e treiná-lo.

A baixa estatura e a condição física relativamente frágil de Hélio dificultavam a execução correta de algumas posições. A fim de se desenvolver e ganhar a atenção e admiração de seus irmãos mais velhos, especialmente a de Carlos, Hélio teve que procurar maneiras alternativas que funcionassem para ele. Suas descobertas enfatizavam o sistema de alavanca e a escolha do momento oportuno para agir, em vez de força e rapidez.

As adaptações das técnicas que Hélio aprendeu com seus irmãos foram dominadas através de tentativa e erro e o resultado final disso acabou se tornando o avanço e o refinamento do Jiu-Jitsu Gracie.

Sob a tutela de seu irmão, instrutor e mentor Carlos, Hélio participou de inúmeras lutas, inclusive uma com duração de 3h e 43min contra Valdemar Santana, um ex-aluno. A coragem, a persistência e a disciplina de Hélio fizeram dele um herói nacional.

Na medida em que foi ficando mais velho, Carlos passou a se dedicar mais a sua pesquisa sobre nutrição e exercícios e a se empenhar em sua busca por esclarecimento espiritual. Hélio, então, assumiu o controle do negócio da família e se envolveu diretamente com a administração da Escola Gracie, a essa altura uma instalação muito maior localizada no centro do Rio de Janeiro.

Carlos, Gastão, Oswaldo, George e Hélio formaram a primeira geração de lutadores Gracie. Apesar de Carlos e Hélio terem se tornado muito próximos e de terem trabalhado e morado juntos por décadas, os cinco irmãos deram uma enorme contribuição para o crescimento do Jiu-Jitsu no Brasil na primeira metade do século 20.

1955 – A Era “Carlson Gracie”

1955Carlson Gracie (1.932) apareceu como o lutador número 1 da família logo após a derrota de Hélio para Valdemar Santana em 1.955. Aos 43 anos de idade, Hélio não conseguia manter a condição física necessária para competir em alto nível. Como a reputação da Família Gracie ficou manchada quando Valdemar, um ex-aluno, derrotou Hélio Gracie, Carlson foi chamado com a responsabilidade de levar o nome da Família de volta ao topo.

Carlson derrotou Valdemar Santana e se tornou o principal lutador da família nas décadas seguintes. Suas inúmeras vitórias em campeonatos fizeram dele um jovem famoso e estimularam o desejo de abrir sua própria escola. Ele estabeleceu sua filial em Copacabana, no Rio de Janeiro, e começou a formar seu próprio grupo de alunos e lutadores. Carlson teve um papel muito importante no estímulo da competitividade no Jiu-Jitsu, o que contribuiu ainda mais para o desenvolvimento técnico da arte. Muito competitivo, Carlson montou uma forte equipe de jovens atletas com desempenho notável nos anos 70 e 80 nas diversas competições de Jiu-Jitsu que já começavam a ser realizadas no Brasil.

1970 – A Era “Rolls Gracie”

1970Roles – como os amigos e a família o chamavam – foi outro gênio do Jiu-Jitsu cuja contribuição para o desenvolvimento da arte foi enorme. Segundo o Mestre Carlos Gracie Jr., Rolls foi o elo de ligação entre o “Jiu-Jitsu antigo” e o “Jiu-Jitsu moderno”, praticado atualmente.

Mais que isso, Roles desempenhou um papel fundamental para que o Jiu-Jitsu continuasse a ser um importante esporte no Brasil. Nos anos 70, o país atravessava momentos políticos tumultuados em função da ditadura militar e o Jiu-Jitsu estava perdendo o seu glamour já que a cobertura da mídia não era tão grande quanto antes. Utilizando seu talento, carisma e suas habilidades de liderança, Rolls influenciou uma geração inteira de jovens do Rio de Janeiro com relação a prática do Jiu-Jitsu e de um estilo de vida saudável.

Rolls começou a treinar Jiu-Jitsu ainda criança e, aos 12 anos, passou a ajudar seu tio Hélio com as aulas na Escola Gracie. Rolls também era muito próximo a Carlson, seu irmão mais velho, com quem aprendeu muito.
Extremamente talentoso e empenhado em treinar e atingir seu potencial máximo como lutador, Rolls Gracie também tinha uma mente bastante aberta e um desejo grande de aprender qualquer coisa que pudesse melhorar seu Jiu-Jitsu. O que impressionava muitas pessoas não era apenas sua condição física e suas técnicas afiadas, mas também seu perfil moral e seu compromisso em alcançar a melhor condição.

Durante sua adolescência, Rolls teve a oportunidade de visitar muitos países e de aprender Sambo, Judô e Luta Greco-Romana. Faixa-preta aos 16 anos, Rolls se tornou um jovem forte e definido com grande visão do Jiu-Jitsu e de sua carreira como lutador e professor. Uma das formas que ele encontrou para desenvolver o esporte foi disputando campeonatos, conseguindo, assim, que mais pessoas passassem a praticá-lo.
Em 1.976, participou de seu primeiro Vale-Tudo depois que um professor de Karatê o desafiou questionando a eficiência do Jiu-Jitsu durante uma demonstração em um programa de televisão.

O desafio foi prontamente aceito e muitas lutas foram acertadas entre lutadores de Jiu-Jitsu e de Karatê para uma deteminada data. Todos os lutadores de Jiu-Jitsu venceram nesse dia mas o evento principal era, certamente, o que atraía mais atenção. Rolls Gracie e o Mestre de Karatê lutaram por alguns minutos e, então, Rolls aplicou uma bela queda, dominou as costas de seu adversário e finalizou a luta com um mata-leão.

Rolls também abriu sua própria Escola Gracie seguindo o modelo criado por Carlson e que, pouco tempo depois, seria seguido por muitos membros da segunda geração da Família Gracie. Muito próximo a Carlson, Rolls dividia com ele a mesma instalação na qual davam aulas em dias alternados.

Infelizmente, Rolls deixou muito por fazer. Seu legado ainda está muito presente entre nós. Aos 31 anos de idade, Rolls Gracie veio a falecer num acidente de asa delta no Rio de Janeiro.

1983 – O Mestre Carlos Gracie Jr. torna-se o Instrutor Principal

1983Carlos Gracie Jr. nasceu em janeiro de 1.956 e foi criado sob a forte influência de sua família de lutadores. Muito ligado a filosofia de vida e aos ensinamentos de seu pai, Carlos Gracie, Carlinhos – como os amigos e a família o chamam – cresceu observando e aprendendo com alguns dos nomes mais influentes que sua família já produziu: Carlos, Hélio e Rolls.

Os anos mais importantes de sua infância e início da adolescência foram vividos na famosa “casa de Teresópolis” – um grande rancho com vários quartos em que a maioria dos filhos de Carlos e de Hélio viveram e treinaram juntos por muitos anos. Ali, Carlos Gracie Jr. aprendeu a viver em sociedade, na qual todos precisam conviver uns com os outros, dividir as coisas e aprender com o próximo. Isso parece ter se tornado um ideal para ele. De muitas maneiras, o Mestre Carlos está reproduzindo esse estilo de vida numa escala maior nos dias de hoje, por meio do mesmo ambiente que estimulou seu desenvolvimento pessoal na velha “casa de Teresópolis”.

Carlinhos sempre foi um lutador muito técnico e herdou a mente aberta que possui de seu irmão Rolls. Sua visão de que um lutador deveria sempre contar com a parte técnica e ser completo era fácil de ser notada, ainda jovem, devido a sua dedicação em dominar as quedas do Judô e da Luta Greco-Romana, as técnicas de defesa pessoal e, é claro, as diversas e recentes evoluções técnicas do Jiu-Jitsu introduzidas por seu irmão Rolls, entre elas a guarda aberta.

A dedicação de Carlos Gracie Jr. ao esporte e ao estilo de vida do Jiu-Jitsu caminhavam lado a lado. Ele gostava de treinar, de dar aulas e de aprender com seus irmãos e primos. Também competia extremamente bem nos campeonatos de Jiu-Jitsu. Mas estava intrigado com os ensinamentos de seu pai e começou a se dedicar cada vez mais ao desenvolvimento da Dieta Gracie como forma de auxiliar os atletas da família e de tratar doenças.
A curiosidade de Carlinhos o levou a estudar Nutrição para aprofundar seu entendimento sobre a influência dos alimentos no organismo das pessoas.

O Mestre Carlos Gracie Jr. começou a dar aulas na principal Escola Gracie, no centro do Rio de Janeiro, assim como muitos de seus primos e irmãos. Ele trabalhou ao lado de Rolls, seu irmão mais velho, e de Rorion, seu primo, e com ambos aprendeu muito. Passado algum tempo, Rorion decidiu se mudar para os Estados Unidos e Rolls abriu sua própria escola em Copacabana, enquanto Carlos Gracie Jr. ficou responsável pela escola em que estava, junto com seu primo Rickson Gracie.

Após dois anos como um dos principais professores na escola matriz, Carlos uniu forças com Rolls, já que a escola de Copacabana ficava mais próxima da universidade que ele estava freqüentando.
Depois de sete anos como instrutor assistente de Rolls, Carlos recebeu a notícia de sua morte.

Dadas as circunstâncias, os alunos se reuniram e, juntamente com a esposa de Rolls, pediram ao Carlinhos que assumisse a responsabilidade de dar prosseguimento a “caminhada” que seu irmão havia começado.

Carlinhos permaneceu em Copacabana por uns quatro anos e depois decidiu se mudar para a Barra da Tijuca, um bairro mais novo e promissor da crescente zona oeste da cidade. Dessa escola surgiu a expressão “Gracies da Barra” e, finalmente, “Gracie Barra”, como hoje somos conhecidos.

Originalmente, a escola tinha mais ou menos uns 20 alunos e passou para quase 200 depois do primeiro ano. A Gracie Barra, então, transferiu a escola para um espaço maior dentro de uma academia, onde estamos até hoje.

A Gracie Barra sempre foi uma escola única, desde o seu início. O Carlinhos desenvolveu um estilo de ensino e uma filosofia muito especiais que dão todo o apoio para o desenvolvimento dos alunos, de acordo com o potencial de cada um. Embora sua equipe tenha se tornado a mais competitiva e a mais forte de todos os tempos, colecionando vários títulos mundiais, esse nunca foi seu objetivo principal.

Grandes e inúmeros atletas, médicos, engenheiros, surfistas e outros com as mais diversas formações encontraram na escola Gracie Barra um ambiente ideal para aprender Jiu-Jitsu de altíssimo nível. Além disso, também recebiam orientações valiosas de Carlinhos a respeito de hábitos saudáveis e de como manter um estilo de vida equilibrado.

Paralelamente à tarefa de tornar a Gracie Barra numa das mais fortes e competitivas equipes de professores e atletas, Carlos dedicou bastante tempo na criação da Federação Brasileira de Jiu-Jitsu – uma entidade criada para regulamentar o esporte no Brasil, unir as federações estaduais através da unificação das regras e organizar um campeonato nacional. O compromisso de Carlos com o desenvolvimento e a organização do esporte tem sido notável e essencial para a expansão organizada do Jiu-Jitsu no mundo, juntamente com a fundação da Federação Internacional de Jiu-Jitsu Brasileiro.

O Mestre Carlos Gracie Jr. continua muito atuante dentro da Gracie Barra. Ele está inteiramente envolvido no direcionamento da Equipe de Liderança da GB – formada por alguns de seus alunos mais próximos – que administra a organização em seu nome. Carlinhos pode ser visto treinando todos os dias em nossa sede. Sua simplicidade o faz parecer mais um no meio dos alunos e, somente olhos treinados são capazes de localizá-lo com seu kimono e sua faixa vermelha e preta.

1986 – A Gracie Barra é fundada

1986Após muitos anos como professor na escola que foi de seu tio Hélio e que depois passou a ser de Rolls, Carlos queria ir em busca do sonho de ter sua própria escola. Mas foi só em 1.986 que a Gracie Barra foi oficialmente fundada – no mesmo prédio em que está até hoje.

Durante os anos 80, o Jiu-Jitsu tinha um foco muito grande em campeonatos e a Equipe de Carlson Gracie, com desempenho muito bom, vencia a maioria das competições.

Animado com a fundação de uma escola à altura do legado de seu irmão Rolls, o Mestre Carlos Gracie Jr. aceitou o desafio de formar uma equipe de jovens lutadores de Jiu-Jitsu que, aos poucos, tomaria a hegemonia de Carlson e dominaria o cenário competitivo a partir dos anos 90.

Ele realizou essa façanha sem nunca perder de vista sua filosofia pessoal, desenvolvida a partir dos ensinamentos de seu pai. Ele via o Jiu-Jitsu como forma de ajuda a qualquer pessoa que estivesse em busca de atingir seu potencial. Ele acreditava numa maneira de ensinar em que tanto os mais talentosos quanto os mais dedicados acabavam naturalmente se tornando grandes atletas. E isso, de fato, funcionava.

A Gracie Barra produziu alguns dos campeões de Jiu-Jitsu mais difíceis de serem batidos e muita gente, das mais diversas áreas, idades e formações, encontrou ali um ambiente favorável ao aprendizado de técnicas de Jiu-Jitsu excepcionais. Além disso, os ideais do Mestre Carlos Gracie Jr. estimulavam essas pessoas a ter uma vida saudável, uma boa dieta e a fazer grandes amizades.

1990 – O Jiu-Jitsu também se torna um esporte nacional

1990As origens do Jiu-Jitsu esportivo podem ser encontradas na primeira geração de lutadores da Família Gracie. Enquanto Carlos e Hélio permaneceram no Rio de Janeiro durante grande parte de suas carreiras de professores, Oswaldo e George se mudaram para estados diferentes do país e abriram suas próprias filiais da Escola Gracie. Com o tempo, cada uma delas formou novos professores e, dessa forma, continuaram transmitindo o conhecimento que tinham de Jiu-Jitsu.

Esse processo se manteve e, mais tarde, foi acelerado quando a segunda geração de lutadores da Família Gracie abriu novas escolas, principalmente Rolls e Carlson, nos anos 70. Nas últimas décadas do século 20, havia um número suficiente de escolas e de competidores para se organizar várias competições. A maioria delas acontecia no Rio de Janeiro, sob a tutela da Federação de Jiu-Jitsu do estado.

Durante os anos 70 e 80, os campeonatos tinham o propósito de estimular o comprometimento dos alunos com os treinamentos, com o aprendizado e com a superação na arte do Jiu-Jitsu. A rivalidade entre as escolas com relação a quem iria vencer o torneio seguinte motivava ainda mais os jovens alunos, o que, por sua vez, contribuiu para o crescimento dessas escolas e do esporte em geral.

Em 1.994, Carlos Gracie Jr. lançou uma importante iniciativa para conseguir apoio para a fundação da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. A CBJJ uniformizou as regras das competições e promoveu o primeiro Campeonato Brasileiro.

O trabalho dos professores de Jiu-Jitsu, da Confederação Brasileira, e das federações estaduais para organizar os campeonatos, definir as regras e institucionalizar o Jiu-Jitsu como esporte nacional foi crucial para preservar a identidade do esporte e manter vivo o legado de Carlos Gracie.

1993 – A Revolução do Jiu-Jitsu Brasileiro

1993Enquanto, no Brasil, o Jiu-Jitsu evoluiu para níveis de desenvolvimento técnico nunca antes alcançados na luta de chão, outras artes como o Karatê, o Tae Kwon Do e o Judô se popularizaram bastante graças aos filmes de Hollywood e às Olimpíadas. Embora essas artes marciais tenham técnicas muito boas, eles se restringem a apenas um aspecto do combate real e, só funcionam desde que respeitada uma série de regras que garantem as circunstâncias em que essas técnicas são eficientes. Gerações de praticantes de artes marciais passam muitos anos aprendendo um aspecto da luta(socos e chutes, quedas ou imobilizações), acreditando que isso seja suficiente em situações reais.

Em 1.993, esse pressuposto enfrentou seu maior desafio quando Rorion Gracie organizou o primeiro UFC como forma de disputa entre atletas de diferentes artes marciais. O mundo ficou surpreso quando um lutador mais leve e, aparentemente, mais fraco, chamado Royce Gracie, derrotou todos os seus adversários lutando basicamente no chão, utilizando-se de estrangulamentos e chaves em articulações para fazê-los desistir da luta.

Os praticantes de outras artes marciais começaram, então, a perceber que se não soubessem Jiu-Jitsu Brasileiro, tudo aquilo que sabiam de luta seria inútil contra um lutador de Jiu-Jitsu. Essa percepção provocou o que muitos chamam de “Revolução do Jiu-Jitsu Brasileiro” nas artes marciais. Uma grande mudança de foco e de treinamento da luta de chão se seguiu.

2000 – A Globalização do Jiu-Jitsu Brasileiro

2000Um impacto como esse no universo das artes marciais causou um grande aumento na procura pelo ensino do Jiu-Jitsu no mundo todo. Faixas-Pretas qualificados do Jiu-Jitsu Brasileiro foram convidados para dar seminários em diversos países para aquelas pessoas que nunca tinham ouvido falar desse estilo de luta dominante e que, portanto, estavam intrigadas.

A esta altura, a Gracie Barra tinha muitos Faixas-Pretas formados através de um programa que valorizava todos os aspectos do treinamento: defesa pessoal, quedas e jogo de chão. Esses professores e atletas receberam propostas para dar aula no exterior e muitos deles aproveitaram a oportunidade.

Um dos primeiros professores da GB a deixar o país foi o Mestre Roberto Maia, rumo a Boston. Outros seguiram o mesmo caminho como o Mestre Márcio Simas e o Professor Eduardo Lima que foram, respectivamente, para as cidades de Orlando e Tampa, ambas no estado da Flórida.

Posteriormente, muitos Faixas-Pretas da GB também contribuíram para a globalização do nosso esporte. É importante mencionar também as contribuições dadas pelo Professor Marcelo Resende na Austrália; Professor Zé Radiola, Mestres Maurício Robe e Frederico Pimentel, Professor Vinícius Dracolino Magalhães e Braúlio Estima na Europa; e o Professor Nao Takigawa no Japão.

2001 – O surgimento e o desenvolvimento do licenciamento Gracie Barra

Carlos Gracie Jr. ensinava Jiu-Jitsu como meio de induzir seus alunos a um estilo de vida saudável. Ele sabia o quanto a arte poderia contribuir para o caráter de uma pessoa e tinha a noção exata de que, para dar continuidade ao legado de seu pai, de seus tios, de seus irmãos e primos, ele precisaria formar líderes que estivessem preparados para agir de acordo com os valores, princípios, filosofia e técnicas passadas a eles.

Na medida em que seus alunos faixas-pretas foram se graduando, era natural o desejo de continuar no Jiu-Jitsu, de aceitar os desafios da carreira de professor e de fazer por seus alunos o que o Mestre Carlos Gracie Jr. havia feito por eles.

Quando foram pedir permissão ao Mestre Carlos para atuar como professores Gracie Barra, tiveram não apenas sua aprovação como também o seu apoio. Carlos encorajou-os a abrir suas próprias escolas, inclusive algumas muito próximas da matriz.

Sem formalidades mas com grande intenção e comprometimento pessoal, nascia o que hoje conhecemos como GB Brasil, uma comunidade mundial de praticantes de Jiu-Jitsu Brasileiro formada por professores, alunos e atletas. Os professores da GB continuam viajando pelo mundo para ampliar a rede de escolas e, desta forma, levar o Jiu-Jitsu para todos.

2005 – Mudança da Matriz para os Estados Unidos

2005Em 2.005, o Mestre Carlos Gracie Jr. tomou uma medida inesperada. Percebendo o grande potencial do Jiu-Jitsu nos Estados Unidos, ele transferiu a sede da Gracie Barra do Rio de Janeiro para a cidade de Lake Forest na Califórnia.

Chegando lá, o Mestre Carlos Gracie Jr. teve a oportunidade de começar do zero novamente. Só que dessa vez, com todo o conhecimento adquirido com a formação de uma das escolas mais completas de Jiu-Jitsu Brasileiro da história.

Com a ajuda de alunos faixas-pretas do Brasil, o Mestre Carlos aceitou o desafio de criar, o que ele acreditava ser, a escola perfeita: um protótipo para servir como experimento do melhor treinamento, do melhor ensino e das melhores práticas de gestão e, assim, se tornar referência para as escolas e professores GB no mundo todo. A Gracie Barra nos Estados Unidos passou de um pequeno galpão em Lake Forest para uma grande instalação de dois andares com centenas de alunos, localizada na cidade californiana de Irvine.

2006 – O Licenciamento GB é formalizado

2006Junto com o crescimento da matriz nos Estados Unidos, houve a necessidade de se criar regras, procedimentos e padrões a serem seguidos pelas Escolas Gracie Barra espalhadas pelo mundo. A organização havia crescido muito para ser comandada por uma única pessoa. Além disso, a comunicação tinha se tornado um desafio. O Mestre Carlos passava anos sem ver muitos de seus professores em função da distância geográfica.

Com o intuito de formalizar a relação com as escolas e estabelecer padrões que dessem a Gracie Barra a garantia de continuar sendo representada no mais alto nível, Carlos fundou, em 2.005, o programa de licenciamento GB.

Professores de diversas partes dos Estados Unidos foram convocados para uma reunião na qual se comprometeram com normas e procedimentos básicos, cujo objetivo era dar consistência e assegurar um ensino de qualidade em todas as escolas GB.

Assim que as expectativas do Mestre Carlos Gracie Jr. foram estabelecidas pelas regras e orientações do programa de licenciamento GB, o foco passou a ser no desenvolvimento de ferramentas de apoio para ajudar as escolas a cumprirem com suas obrigações.

Com o passar do tempo, o licenciamento GB se tornou uma fonte de informação e começou a auxiliar as Escolas Gracie Barra no mundo a atingirem o potencial de crescimento de cada uma e a qualidade de ensino desejada. O Mestre Carlos percebeu que seu programa de licenciamento poderia ser mais que um simples documento controlador do cumprimento dos padrões estabelecidos; poderia ser também a fonte principal de conhecimento e apoio aos professores no desenvolvimento das escolas, na formação de grandes alunos e no desafio de fazer suas comunidades adotarem um estilo de vida saudável.

2007 – O crescimento das escolas satélites na Califórnia

2007Assim que a Gracie Barra América se firmou como matriz, muitos faixas pretas da GB foram para lá aprender com o Mestre Carlos e com sua equipe de professores. Na medida em que o sistema de ensino e de gestão foi devidamente documentado, esse modelo de escola começou a ser implantado na região. Cidades vizinhas como Santa Ana, Costa Mesa, Huntington Beach, Yorba Linda, San Clemente, Garden Grove e muitas outras foram escolhidas para receber novas escolas.

Atualmente, há dezenas de Escolas Gracie Barra que se ajudam mutuamente e que difundem o Jiu-Jitsu por lá. Assim como aconteceu na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, essas escolas, professores e alunos se beneficiam com o trabalho de cada um de levar o Jiu-Jitsu Brasileiro a uma nova comunidade, de realizar projetos voluntários em outras escolas e de treinar para competições.

2008 – Programa de Escolas Premium da GB

2008A Gracie Barra queria se certificar de que a experiência adquirida durante a implantação da GB América seria passada aos professores que estavam abrindo escolas satélites.

A proximidade das filiais com a matriz tornou ainda mais importante a necessidade de uniformidade, qualidade e consistência entre as escolas. Além disso, os métodos e a filosofia de ensino do Mestre Carlos Gracie Jr. tinham que ser reproduzidos da melhor forma possível, assim como as aulas dadas em cada uma dessas escolas.

Para se conseguir isso, a Gracie Barra lançou o Programa de Escolas Premium cujo foco era disponibilizar, de maneira clara e consistente, todas as ferramentas de ensino, gestão e treinamento utilizadas pela GB América. O programa tem sido um sucesso para o desenvolvimento das escolas, garantindo consistência e ensino de qualidade. Com isso, estabeleceu-se também uma relação nova e mais benéfica dentro do programa de licenciamento GB tanto para a organização quanto para as escolas. O Programa Premium está começando a ser implantado em outras partes do mundo.

2009 – A Fundação de Divisões Regionais da GB

2009A Gracie Barra se transformou numa organização mundial. Dependendo da procura por Jiu-Jitsu e da liderança das pessoas envolvidas com o esporte, o crescimento de uma determinada região pode acontecer de forma rápida, fazendo com que haja a necessidade de se ter uma divisão responsável por esse território. Embora a GB seja uma organização global, a realidade e os desafios que cada escola enfrenta são locais. A fim de auxiliar de forma regionalizada o crescimento das escolas em todo o mundo, a Gracie Barra está empenhada na criação de divisões regionais que trabalhem junto com professores e alunos pelo desenvolvimento dessas escolas e da qualidade de ensino. A Gracie Barra atualmente tem divisões regionais responsáveis pela América do Norte, Oceania, Europa e Brasil. Alguns dos alunos mais próximos do Mestre Carlos, moradores desses lugares, estão a frente dessas divisões e, dessa forma, lidam diariamente com as escolas.

2010 – DIVISÃO GRACIE BARRA BRASIL

2010Tendo em vista a importância do Brasil nesse processo de expansão e padronização mundial da GB, em 29 de junho de 2009, foi fundada na cidade de Campinas-SP, sob o comando do Professor Carlos Alberto Liberi, a primeira escola “Premium” no território brasileiro e que se mostrou um grande sucesso empresarial, triplicando o número de alunos em pouco mais de um ano.

Uma vez que ficou comprovada a eficácia desse novo método de ensino e gestão em nosso país, sob a orientação do Mestre Carlos Gracie Jr. e de seu Conselho Diretor(formado por um corpo de professores muito próximos do mestre), o Professor Liberi inicia os trabalhos da Divisão Gracie Barra Brasil em junho de 2010, para dar suporte aos demais professores que estavam interessados nessa nova empreitada.

Com a ajuda de grandes nomes da Gracie Barra, como dos Mestres Maurício Robbe e Frederico Pimentel, entre outros, a Divisão Gracie Barra foi ganhando forma e expressão e hoje, além de atingir praticamente todos os estados brasileiros, conta com uma estrutura de primeira com Departamento de Suporte, Departamento Jurídico, Departamento Financeiro, Departamento de Comunicações e Departamento de Competição. Todo esse processo tem como meta implantar uma escola GB em cada cidade do Brasil, para que o objetivo do nosso Mestre seja alcançado, que é: “UMA ESCOLA GRACIE BARRA EM CADA CIDADE DO MUNDO”.

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